AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA II – ENSINO MÉDIO
1) (1,0)Considerando os recursos
de coesão e coerência empregados pelo autor, analise os trechos abaixo e assinale
a alternativa correta.
A) No trecho: “José de Alencar
foi um desses escritores, e o melhor exemplo desse estilo é a obra Iracema,
que, embora se apresentasse como romance, tem todas as
características de um longo poema em prosa.”, o segmento destacado está
articulado com o que lhe antecede e expressa uma comparação.
B) Com o trecho: “Mas a polêmica
entre Alencar e Pinheiro Chagas não foi a única em que autores brasileiros e
portugueses se enfrentaram a propósito da linguagem literária.”, que se atrela
aos trechos anteriores por
oposição, o autor opera uma mudança na orientação argumentativa do texto.
C) No trecho: “por isso,
entenderam a exaltação da natureza como exaltação da natureza tropical, a
relação entre o e elaboraram um mito das
origens da nacionalidade em que no lugar do cavaleiro medieval aparece o índio.” segmento destacado e o anterior
é de causa e conseqüência.
D) No trecho: “Trata-se de um
programa que, por um lado, (...) e, por outro, o engaja numa pesquisa de linguagem
que pode levar a resultados
riquíssimos”, o
segmento destacado está introduzindo uma explicação.
E) O trecho: “Contudo, a polêmica
entre Alencar e Pinheiro Chagas permanece como um marco” está articulado aos
anteriores e expressa uma conclusão.
2) (1,0) “Como se sabe, os escritores brasileiros do período romântico
interpretaram o ideário de sua escola
literária num contexto criado
pela independência política”. O termo destacado nesse trecho tem o mesmo valor
sintático-semântico do termo destacado em:
A) Como seria possível prever o que iria acontecer com a
língua do Brasil, após a sua Independência política?
B) Não se sabe ao certo como a questão da língua
nacional foi tratada antes das ideias revolucionárias dos românticos.
C) No Brasil, assim como em Portugal, as questões
lingüísticas foram alvo de reflexões dos autores da literatura.
D) Como não houve apoio significativo às idéias de Alencar, sua
obra foi menosprezada até há pouco tempo.
E) José de Alencar contribuiu
bastante para a consolidação de uma ‘língua brasileira’, como atestam seus romances.
3) (1,0) Analise as proposições a
seguir, acerca de elementos linguísticos utilizados no Texto 1.
1) No trecho: “e elaboraram um
mito das origens da nacionalidade em que no lugar do cavaleiro medieval aparece
o índio.”, o segmento destacado
tem a função de complementar o sentido do verbo ‘aparecer’.
2) “(...) o estilo dessa obra não
deixou de provocar reações iradas do outro lado do Atlântico: o filólogo
português Pinheiro Chagas fez dele uma avaliação muito depreciativa.” – Nesse
trecho, os
dois pontos foram utilizados para
introduzir uma citação literal.
3) No trecho: “Logo depois da Independência,
surgiu no Brasil a questão de saber em que língua deveria expressar-se a
literatura brasileira”, o
segmento destacado cumpre a
função de
localizar temporalmente o
enunciado.
4) No trecho: “a polêmica entre
Alencar e Pinheiro Chagas permanece como um marco, pela lucidez do pensamento
de Alencar e por ter lançado a ideia de que a linguagem literária deveria ser construída
a partir da linguagem efetivamente usada pelos brasileiros.”, o autor apresenta
dois motivos para justificar sua afirmação de que a polêmica entre Alencar e
Pinheiro Chagas representa um marco.
Estão corretas:
A) 1, 2, 3 e 4
B) 1 e 2, apenas
C) 2 e 3, apenas
D) 3 e 4, apenas
E) 1 e 4, apenas
4) (1,0) Todo ponto de vista é
a vista de um ponto
Ler significa reler e
compreender, interpretar. Cada um lê com
os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para
entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua
visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde
os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem
olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em
que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e
que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
BOFF,
Leonardo. A águia e a galinha. 4ª
ed. RJ: Sextante, 1999
A expressão “com
os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de
(A) enfatizar a leitura.
(B) incentivar a leitura.
(C)
individualizar a leitura.
(D) priorizar a leitura.
(E) valorizar a leitura.
5) Canguru
Todo mundo sabe (será?) que
canguru vem de uma língua nativa australiana e
quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo
a lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele estranho animal
dando saltos de mais de dois metros de altura, perguntou a um nativo como se
chamava o dito. O nativo respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu,
“Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens, pesquisei em
alguns dicionários etimológicos. Em nenhum dicionário se fala nisso. Só no
Aurélio, nossa pequena Bíblia – numa outra versão. dicionário se fala nisso. Só
no Aurélio, nossa pequena Bíblia – numa outra versão. Definição precisa
encontrei, como quase sempre, em Partridge: Kangarroo; wallaby
As palavras kanga e walla,
significando saltar e pular, são acompanhadas pelos sufixos rôo e by,
dois sons aborígines da Austrália, significando quadrúpedes. Portanto
quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
Quando comuniquei a descoberta a
Paulo Rónai, notável linguista e grande
amigo de Aurélio Buarque de
Holanda, Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru. Mas
acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais
bonitinha”. Também acho.
Millôr
Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gravata.com/millor.
Pode-se inferir do texto que
(A) as descobertas científicas têm
de ser comunicadas aos lingüistas.
(B) os
dicionários etimológicos guardam a origem das palavras.
(C) os cangurus são quadrúpedes
de dois tipos: puladores e saltadores.
(D) o dicionário Aurélio
apresenta tendência religiosa.
(E) os nativos desconheciam o
significado de canguru.
6) (1,0) RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim
magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem
força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão
fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília
Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20.
O tema do texto é
(A) a
consciência súbita sobre o envelhecimento.
(B) a decepção por encontrar-se
já fragilizada.
(C) a falta de alternativa face
ao envelhecimento.
(D) a recordação de uma época de
juventude.
(E) a revolta diante do espelho.
7) (1,0) Assinale a alternativa
que a função sintática do pronome “se” é reflexiva
a) Vivia-se tranquilamente
naquele lugar.
b) Lívia olhou-se no espelho
demoradamente.
c) Realizam-se festas de fim de
ano.
d) Trata-se de uma boa oferta.
e) Alugavam-se roupas.
8) (1,0) Com relação ao estudo
dos casos do “que”, assinale a alternativa que exerce a função de conjunção
coordenativa explicativa
a) A verdade é que estamos
começando a vida.
b) Quê! Você está ainda no
primeiro exercício?
c) O frio era tanto que os dedos
ficaram imóveis.
d) Faz que faz e não tem um teto
para morar.
e) Não se preocupe que estou bem.
9) (1,0) Assinale a alternativa
que a concordância verbal foi empregada corretamente
a) Vende-se casas.
b) Aspiram-se a bons cursos de
veterinária.
c) Deviam haver mais voluntários para trabalhar na alfabetização
de adultos.
d) A constelação de estrelas era
na verdade um grupo de atrizes famosas.
e) Eu e tu compreenderás que isso
é um bom sinal dos tempos.
10) (1,0)Assinale a alternativa
que a concordância nominal foi empregada corretamente
a) Eu mesmo faço isso – disse a
garota.
b) Neste recinto, é proibido a
entrada de pessoas sem documentos.
c) Seguem em anexo as provas
corrigidas.
d) Aquele casal tem bastante
amigos.
e) Depois do tombo, a mulher
levantou meia tonta.
"Podemos escolher o que semear, mas
somos obrigados a colher aquilo que plantamos."(Provérbios)
Boa Avaliação!
GABARITO
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