O poder das bibliotecas
Bibliotecas. Vistas
de dentro de grandes monumentos, elas parecem indestrutíveis. Mas, de fato, a
história mostra que bibliotecas estão sempre sendo destruídas e cada vez que
uma biblioteca vem abaixo muito da civilização desaba com ela. A Biblioteca de
Alexandria parecia que iria durar tanto quanto as pirâmides e, de fato,
sobreviveu quase um século, mas, quando foi destruída, perdemos a maior parte
da informação então disponível sobre a Grécia antiga, 700 mil volumes. Perdemos
o maior repositório de conhecimentos sobre a Europa medieval quando Monte
Cassino foi bombardeada na Segunda Guerra Mundial.
Mas a história das
bibliotecas demonstra que elas são mais vulneráveis do que pensamos – e não só
por causa das guerras. Dirão alguns que elas podem ser substituídas pela
internet. Ora, quanto a mim, sou partidário da digitalização, mas fiquei
horrorizado quando soube que o projeto original para um novo campus da
Universidade da Califórnia nem sequer incluía uma biblioteca.
Imaginamos as
bibliotecas como o núcleo de nossos campi, mas esse seria um novo campus sem
uma biblioteca. Os projetistas julgaram que os computadores seriam suficientes,
supostamente porque acreditavam que os livros nada mais fossem que recipientes
de informação. Hoje muitos estudantes adotam essa atitude, e não só na
Califórnia. Acham que pesquisar é surfar. Quando escrevem trabalhos, costumam
surfar na internet, baixar os arquivos, recortar, colar e imprimir. Nossas
bibliotecas devem, é claro, microfilmar e digitalizar, mas devem também
conservar livros – os livros originais. Uma cópia digitalizada não pode ser um
substituto adequado para o original.
(Adaptado
de: DARNTON, R. Folha de S. Paulo, 15
abr. 2001. Caderno Mais.)
1)
Após a leitura do texto acima, podemos afirmar que a função de linguagem
predominante é:
a) Emotiva
b)Referencial c) Metalinguagem d) Fática
2)
No texto:
"Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim." (Augusto Gil)
Qual é o sujeito de "Batem leve, levemente"?
a) sem sujeito b) sujeito indeterminado
c) sujeito oculto d) sujeito composto
"Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim." (Augusto Gil)
Qual é o sujeito de "Batem leve, levemente"?
a) sem sujeito b) sujeito indeterminado
c) sujeito oculto d) sujeito composto
Atenção: As questões de números 3 a
7 baseiam-se no texto apresentado
abaixo.
Caçar animais e derrubar árvores pode ajudar a preservar a
natureza? Na opinião de muita gente, sim. A exploração sustentável − um nome pomposo
que significa não retirar do ambiente
mais do que ele pode repor naturalmente −ganha cada vez mais espaço como
estratégia para acomodar os interesses conflitantes de quem tira da natureza o
sustento próprio e de quem quer ver intocadas as paisagens. A caça controlada,
dizem alguns pesquisadores, pode evitar
superpopulação de espécies, além de gerar receita. Isso vem sendo feito
com sucesso, no Rio Grande do Sul, o único estado brasileiro em que a caça é
legal. Todos os anos a Fundação Zoobotânica indica quais as espécies
disponíveis para caça, em que quantidades e em que regiões. A novidade, agora,
é que algumas espécies símbolo da preservação, como a onça pintada e o jacaré,
estão na mira do “uso sustentável”.
Na Amazônia, o desafio é controlar a extração de madeira, uma
ameaça à floresta. Proibi-la preservaria a região, mas tiraria o sustento de
famílias que trabalham nas madeireiras. A saída é o manejo sustentável, ou
seja, um corte selecionado e controlado.(Adaptado
de Superinteressante, outubro de 2001)
3. A resposta à primeira
pergunta do texto é SIM, somente se
(A) for feita principalmente por aqueles que sobrevivem da
natureza.
(B) os caçadores obtiverem lucros imediatos com essa atividade.
(C) os responsáveis pelo meio ambiente tornarem a caça um esporte
legalmente permitido.
(D)) houver exploração
sustentável da mata e caça controlada de certas espécies animais.
4. O texto informa que
a permissão de caça no Rio Grande do Sul tem como objetivo
(A) valorizar um esporte pouco conhecido e pouco praticado no
Brasil.
(B) agradar os que se preocupam com a conservação das florestas
brasileiras.
(C)) controlar o número de animais de uma determinada espécie em
algumas regiões.
(D) obter lucros com o pagamento de taxas e impostos por aqueles
que desejam caçar certos animais.
5. É correto afirmar
que, em relação à Amazônia,
(A)) melhor será controlar o manejo da floresta do que impedir o corte
de árvores.
(B) a extração de madeira está sob controle dos órgãos
governamentais.
(C) muitas madeireiras estão desistindo de oferecer mais empregos
na região.
(D) permitir a derrubada de árvores facilita o cultivo de
alimentos para a população nativa.
6. ... ou seja, um
corte selecionado e controlado. (última
frase)
Considerado o contexto,
a frase reproduzida acima contém uma
noção de
(A) causa (B)
condição (C) conclusão (D)) explicação
7. A novidade,
agora, é que algumas espécies símbolo da preservação, como a onça-pintada e o
jacaré, estão na mira do “uso sustentável”.(final do 1º parágrafo)
A afirmativa acima, considerando-se o contexto, significa, em
outras palavras, que a onça pintada e o jacaré
(A) continuarão sendo o símbolo da preservação da natureza.
(B) continuam sob a proteção das severas leis ambientais.
(C) passam a ser protegidos pela Fundação Zoobotânica, do Rio
Grande do Sul.
(D)) poderão até mesmo ser
caçados, com controle dos órgãos responsáveis.
Atenção: As questões de
números 8 e 9 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
Desde que a numeração das casas apareceu nas metrópoles europeias,
no século XVIII, cada cidade tem um jeito diferente de colocar algarismos
nas suas construções. Mas todas elas
partem de um princípio comum: escolher um lugar que sirva de base para iniciar
a contagem. Seguindo essa regra, surgem muitas possibilidades. Na histórica
Veneza, na Itália, as casas ganham
números de acordo com os metros que as separam de um edifício importante em
cada bairro. Na maioria das cidades brasileiras, o que geralmente acontece é
que a numeração cresce de acordo com a distância em relação ao chamado marco
zero, que sempre fica no centro da cidade. Esse ponto é a principal referência
para determinar onde fica o começo da via e indicar qual lado recebe casas com
números pares ou ímpares. Em
São Paulo, por exemplo, o início da via é definido como a
ponta mais próxima da praça da Sé. Quando
a rua é paralela ao marco zero, seu início é a ponta que fica mais próxima, em
linha reta, a essa referência.Outro
lembrete importante é que nem sempre duas ruas que correm lado a lado têm numeração parecida. Isso só acontece quando
elas nascem em um mesmo ponto (duas travessas que começam em uma avenida maior,
por exemplo), o que nem sempre acontece. (Adaptado
de Mundo estranho, março de 2004)
8. De acordo com o
texto, o costume de numerar as casas de uma rua
(A) segue sempre o mesmo princípio, para orientar os moradores e
também os visitantes.
(B)) começou na Europa, mas não existe uma forma comum a todas as
cidades.
(C) partiu da necessidade de identificar certos edifícios
importantes, dentro de uma cidade.
(D) surgiu há pouco tempo, com o crescimento das cidades e o
aumento da população urbana.
9. Segundo o texto,
(A) a contagem começa sempre pela primeira casa da rua, a partir
do início da cidade.
(B) todas as casas das ruas que correm lado a lado recebem
praticamente a mesma numeração.
(C) é indiferente atribuir às casas números pares ou ímpares,
importando apenas o local onde a rua começa.
(D)) existe sempre um ponto
importante, em cada cidade, que determina como fazer a numeração das
casas.
Atenção: As questões de
números 10 a 11 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi adotada em 1948
pela Assembleia Geral das Nações Unidas (com abstenção dos seis países do
antigo bloco soviético, da Arábia Saudita e da África do Sul). Nela consta que
todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e dignidade, e que as
liberdades e os direitos especificados na declaração devem ser garantidos a
todos, sem discriminação de raça, cor, sexo, língua, opinião política e
religião. Os direitos enumerados incluem os direitos civis (tais como liberdade
de expressão, de consciência, de movimento, de se reunir e associar
pacificamente) e os direitos econômicos e sociais (direito ao trabalho, a um
padrão de vida adequado, à educação e à participação na vida cultural). O
exercício dos direitos e liberdades individuais só é limitado pelo respeito aos
direitos e liberdades de outrem.
(Direitos do Homem. Nova Enciclopédia
Ilustrada Folha. São Paulo: Empresa Folha da Manhã, 1996)
10.De acordo com o
texto, a Declaração Universal dos Direitos do Homem
(A)) foi aceita por quase todos os países, com exceção de uns poucos,
que não a adotaram.
(B) foi um primeiro passo na aceitação dos direitos humanos,
embora não abrangesse todos eles.
(C) foi adotada pelos países do mundo todo, sem exceção, desde o
século XIX.
(D) deixou de lado os
direitos econômicos e sociais, embora eles estejam indicados no texto adotado
em 1948.
11. O exercício dos
direitos e liberdades individuais só é limitado pelo respeito aos direitos e
liberdades de outrem. (final do texto)
A frase que tem, com outras palavras, o mesmo sentido desta é:
(A) A verdadeira liberdade consiste em fazer o que devemos.
(B) O destino dos homens é a liberdade.
(C)) Os direitos de um indivíduo terminam onde começam os de outro.
(D) A liberdade é irmã da solidão..
12. Os seres humanos
nascem livres e iguais em direitos e dignidade...
A afirmativa acima é reforçada, no texto, no trecho:
(A) A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi adotada em
1948...
(B) (com abstenção dos seis países do antigo bloco soviético,
da Arábia Saudita e da África do Sul).
(C) (direito ao trabalho, a um padrão de vida adequado, à
educação e à participação na vida cultural).
(D)) ... sem discriminação de
raça, cor, sexo, língua, opinião política e religião.
13. Observe a charge abaixo:
Esta
charge retrata:
a)
As
atrocidades cometidas por menores.
b)
O
aumento da violência.
c)
A
má distribuição de renda de nosso país.
d)
A
lei não consegue punir os menores infratores no nosso país.
14. Observe
o texto abaixo:
Podemos
classificá-lo como:
a)
Publicitário b)
Informativo c) Jornalístico d) Charge
Leia os textos 1 e 2
Futebol:
bola, torcedores e palavras
Texto
1
O
torcedor fanático não se limita a ir ao estádio: ele ouve os comentários pelo
rádio, lê jornais, vê o videoteipe do jogo a que assistiu. O torcedor que vai-ver-ganhar
vai sempre munido de bandeira, faixa, camisa ou outros símbolos do clube.
Incentiva o seu time, vibrando, aviando, agitando bandeiras, tocando buzinas,
levando charanga, empurrando os craques para o ataque, reclamando pênalti,
xingando o juiz, irritando o adversário com “corinhos” e refrões, censurando agressivamente o técnico
ou jogadores do seu clube que não o defendem com todo o esforço. E, no caso de
o time estar vencendo, riem, choram, se abraçam, batem palma, soltam “olé”,
gritam “já ganhou”. Em final de campeonato, à platéia, à massa, ao público, à
galeria não basta para nele expandir sua alegria: saem às ruas em passeata,
buzinam à frente da sede do clube perdedor, fazem o “enterro” do adversário,
enfim, um verdadeiro carnaval – outra festa também libertatória de tensão e vinculada ao futebol,
já que ambas representam um fenômeno de histeria coletiva. A histeria não se
processa apenas através da alegria. Uma torcida descontente é capaz de invadir
o campo, de esperar fora do estádio para massacrar o juiz, o técnico ou os
jogadores. Fora as brigas que eclodem e as agressões físicas que ocorrem entre
os torcedores.FERNANDEZ, Maria do Carmo de Oliveira. Futebol: Fenômeno lingüístico.
Apud SOARES, Magda Becker;e CAMPOS, Edson Nascimento. Técnica de
redação. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978. p. 16.
Texto 2
O Esperança Futebol Clube
Era
o orgulho de Buritizal. Resumia-lhe a vida e as aspirações. Marcava o seu lugar
entre as povoações e as vilas da zona. E na vila, desde o garoto engatinhante aos
mais velhos e respeitáveis personagens, toda a gente sentia o peito cheio ao
pensar no Esperança Futebol Clube.
Nasceu de um punhado de sonhadores, o Tartico, o Chiquinho da Nh´Ana, o Tuzzi, o Dantinho,
numa tarde de maio. Até aquela época, Buritizal era um lugar apagado, morto,
sem repercussão. Ninguém o conhecia. E mesmo a gente da vila mal dava conta da
sua existência, vegetando sonolenta ao sol bravo de verão e ao frio duro de
junho, com os milharais em torno, os seus pés no café, o seu gado magro e o seu
sossego cachimbado e modorrento. Mas o
Tartico, o maior “centrefô” de Buritizal, era um rapaz inquieto, cheio de
ambições. Tinha orgulho em possuir o chute mais forte da terra e em ser o
melhor distribuidor de jogo até então conhecido. Que direção!Aos domingos havia
jogo, quase sempre. Contra o Lírio F. C., também da vila, time do negrão, os contra os times das fazendas
vizinhas. Tartico ainda não tinha clube, tinha apenas os jogadores. Reuniam-se,
faziam os seus desafios, e iam vencendo. Cada chute seu era um gol. E, depois,
o Chiquinho, o Tuzzi, toda aquela
“macacada” jogava, de fato.
Foi quando Tartico resolveu organizar o clube.
Discussões, aplausos, oposição. E dois domingos depois, o Esperança empacotava o Lírio por 6 a 1, um triunfo! Seguiam o
Santa Cruz, o Perereca, de uma fazenda, e mais três ou quatro. Verdadeiras
solapas. E o Esperança começou a ganhar nome. Tartico era o assombro do campo.
Arrebatava os companheiros. Com o seu entusiasmo inabalável e a confiança firme
na vitória, fazia de cada parceiro um herói.
As cidades vizinhas foram desafiadas. Cidades já
importantes, com juiz de direito e campos gramados, de arquibancada, eram
levadas na sopa... Buritizal começa a ser discutido. Tinha já inimigos. E
o Esperança torna-se o campeão das redondezas...
Naturalmente, os adversários queixavam-se. As
vitórias eram roubadas. O Esperança fazia gols à custa do apito, jogava com o
juiz. Clube que ia a Buritizal acusava a população de atrocidades, de
massacres, de perseguições. Mas, intimamente, todos se curvavam. Braço era
braço...LESSA,
Orígenes. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.
15.Podemos
afirmar que:
a)
Os
dois textos falam sobre temáticas
diferentes.
b)
Os
dois textos desenvolvem temáticas contraditórias.
c)
Os
dois textos falam sobre a temática: futebol.
d)
Ambos
os textos criticam as torcidas de futebol organizadas.
PRODUÇÃO
TEXTUAL
Observe a charge abaixo:
- Produza um texto dissertativo-argumentativo sobre a temática apresentada.
- No mínimo 15 linhas
- Não esqueça do rascunho
- Dê um título bem sugestivo
- Revise-o e passe a limpo
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