sábado, 20 de abril de 2013

MODELO DE AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO




O poder das bibliotecas


Bibliotecas. Vistas de dentro de grandes monumentos, elas parecem indestrutíveis. Mas, de fato, a história mostra que bibliotecas estão sempre sendo destruídas e cada vez que uma biblioteca vem abaixo muito da civilização desaba com ela. A Biblioteca de Alexandria parecia que iria durar tanto quanto as pirâmides e, de fato, sobreviveu quase um século, mas, quando foi destruída, perdemos a maior parte da informação então disponível sobre a Grécia antiga, 700 mil volumes. Perdemos o maior repositório de conhecimentos sobre a Europa medieval quando Monte Cassino foi bombardeada na Segunda Guerra Mundial.
Mas a história das bibliotecas demonstra que elas são mais vulneráveis do que pensamos – e não só por causa das guerras. Dirão alguns que elas podem ser substituídas pela internet. Ora, quanto a mim, sou partidário da digitalização, mas fiquei horrorizado quando soube que o projeto original para um novo campus da Universidade da Califórnia nem sequer incluía uma biblioteca.
Imaginamos as bibliotecas como o núcleo de nossos campi, mas esse seria um novo campus sem uma biblioteca. Os projetistas julgaram que os computadores seriam suficientes, supostamente porque acreditavam que os livros nada mais fossem que recipientes de informação. Hoje muitos estudantes adotam essa atitude, e não só na Califórnia. Acham que pesquisar é surfar. Quando escrevem trabalhos, costumam surfar na internet, baixar os arquivos, recortar, colar e imprimir. Nossas bibliotecas devem, é claro, microfilmar e digitalizar, mas devem também conservar livros – os livros originais. Uma cópia digitalizada não pode ser um substituto adequado para o original.
(Adaptado de: DARNTON, R. Folha de S. Paulo, 15 abr. 2001. Caderno Mais.)
1) Após a leitura do texto acima, podemos afirmar que a função de linguagem predominante é:
a) Emotiva                   b)Referencial             c) Metalinguagem                      d) Fática
2) No texto:
"Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim." (Augusto Gil)
Qual é o sujeito de "Batem leve, levemente"?
a) sem sujeito                                                  b) sujeito indeterminado
c) sujeito oculto                                               d) sujeito composto

Atenção: As questões de números 3 a 7  baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Caçar animais e derrubar árvores pode ajudar a preservar a natureza? Na opinião de muita gente, sim. A exploração  sustentável um nome  pomposo que  significa não retirar do ambiente mais do que ele pode repor naturalmente ganha cada vez mais espaço como estratégia para acomodar os interesses conflitantes de quem tira da natureza o sustento próprio e de quem quer ver intocadas as paisagens. A caça controlada, dizem alguns pesquisadores, pode evitar  superpopulação de espécies, além de gerar receita. Isso vem sendo feito com sucesso, no Rio Grande do Sul, o único estado brasileiro em que a caça é legal. Todos os anos a Fundação Zoobotânica indica quais as espécies disponíveis para caça, em que quantidades e em que regiões. A novidade, agora, é que algumas espécies símbolo da preservação, como a onça pintada e o jacaré, estão na mira do “uso sustentável”.
Na Amazônia, o desafio é controlar a extração de madeira, uma ameaça à floresta. Proibi-la preservaria a região, mas tiraria o sustento de famílias que trabalham nas madeireiras. A saída é o manejo sustentável, ou seja, um corte selecionado e controlado.(Adaptado de Superinteressante, outubro de 2001)
3. A resposta à primeira pergunta do texto é SIM, somente se
(A) for feita principalmente por aqueles que sobrevivem da natureza.
(B) os caçadores obtiverem lucros imediatos com essa atividade.
(C) os responsáveis pelo meio ambiente tornarem a caça um esporte legalmente permitido.
 (D)) houver exploração sustentável da mata e caça controlada de certas espécies animais.
4. O texto informa que a permissão de caça no Rio Grande do Sul tem como objetivo
(A) valorizar um esporte pouco conhecido e pouco praticado no Brasil.
(B) agradar os que se preocupam com a conservação das florestas brasileiras.
(C)) controlar o número de animais de uma determinada espécie em algumas regiões.
(D) obter lucros com o pagamento de taxas e impostos por aqueles que desejam caçar certos animais.
5. É correto afirmar que, em relação à Amazônia,
(A)) melhor será controlar o manejo da floresta do que impedir o corte de árvores.
(B) a extração de madeira está sob controle dos órgãos governamentais.
(C) muitas madeireiras estão desistindo de oferecer mais empregos na região.
(D) permitir a derrubada de árvores facilita o cultivo de alimentos para a população nativa.
6. ... ou seja, um corte selecionado e controlado. (última frase)
Considerado o contexto, a frase  reproduzida acima contém uma noção de
(A) causa   (B) condição    (C) conclusão    (D)) explicação
7. A novidade, agora, é que algumas espécies símbolo da preservação, como a onça-pintada e o jacaré, estão na mira do “uso sustentável”.(final do 1º parágrafo)
A afirmativa acima, considerando-se o contexto, significa, em outras palavras, que a onça pintada e o jacaré
(A) continuarão sendo o símbolo da preservação da natureza.
(B) continuam sob a proteção das severas leis ambientais.
(C) passam a ser protegidos pela Fundação Zoobotânica, do Rio Grande do Sul.
 (D)) poderão até mesmo ser caçados, com controle dos órgãos responsáveis.

Atenção: As questões de números 8 e 9 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
Desde que a numeração das casas apareceu nas metrópoles europeias, no século XVIII, cada cidade tem um jeito diferente de colocar algarismos nas  suas construções. Mas todas elas partem de um princípio comum: escolher um lugar que sirva de base para iniciar a contagem. Seguindo essa regra, surgem muitas possibilidades. Na histórica Veneza, na Itália, as casas  ganham números de acordo com os metros que as separam de um edifício importante em cada bairro. Na maioria das cidades brasileiras, o que geralmente acontece é que a numeração cresce de acordo com a distância em relação ao chamado marco zero, que sempre fica no centro da cidade. Esse ponto é a principal referência para determinar onde fica o começo da via e indicar qual lado recebe casas com números pares ou ímpares. Em São Paulo, por exemplo, o início da via é definido como a ponta  mais próxima da praça da Sé. Quando a rua é paralela ao marco zero, seu início é a ponta que fica mais próxima, em linha reta, a essa  referência.Outro lembrete importante é que nem sempre duas ruas que correm lado a lado têm  numeração parecida. Isso só acontece quando elas nascem em um mesmo ponto (duas travessas que começam em uma avenida maior, por exemplo), o que nem sempre acontece. (Adaptado de Mundo estranho, março de 2004)
8. De acordo com o texto, o costume de numerar as casas de uma rua
(A) segue sempre o mesmo princípio, para orientar os moradores e também os visitantes.
(B)) começou na Europa, mas não existe uma forma comum a todas as cidades.
(C) partiu da necessidade de identificar certos edifícios importantes, dentro de uma cidade.
(D) surgiu há pouco tempo, com o crescimento das cidades e o aumento da população urbana.
9. Segundo o texto,
(A) a contagem começa sempre pela primeira casa da rua, a partir do início da cidade.
(B) todas as casas das ruas que correm lado a lado recebem praticamente a mesma numeração.
(C) é indiferente atribuir às casas números pares ou ímpares, importando apenas o local onde a rua começa.
(D)) existe sempre um ponto  importante, em cada cidade, que determina como fazer a numeração das casas.

Atenção: As questões de números 10 a 11 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi adotada em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (com abstenção dos seis países do antigo bloco soviético, da Arábia Saudita e da África do Sul). Nela consta que todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e dignidade, e que as liberdades e os direitos especificados na declaração devem ser garantidos a todos, sem discriminação de raça, cor, sexo, língua, opinião política e religião. Os direitos enumerados incluem os direitos civis (tais como liberdade de expressão, de consciência, de movimento, de se reunir e associar pacificamente) e os direitos econômicos e sociais (direito ao trabalho, a um padrão de vida adequado, à educação e à participação na vida cultural). O exercício dos direitos e liberdades individuais só é limitado pelo respeito aos direitos e  liberdades de outrem. (Direitos do Homem. Nova Enciclopédia Ilustrada Folha. São Paulo: Empresa Folha da Manhã, 1996)
10.De acordo com o texto, a Declaração Universal dos Direitos do Homem
(A)) foi aceita por quase todos os países, com exceção de uns poucos, que não a adotaram.
(B) foi um primeiro passo na aceitação dos direitos humanos, embora não abrangesse todos eles.
(C) foi adotada pelos países do mundo todo, sem exceção, desde o século XIX.
 (D) deixou de lado os direitos econômicos e sociais, embora eles estejam indicados no texto adotado em 1948.
11. O exercício dos direitos e liberdades individuais só é limitado pelo respeito aos direitos e liberdades de outrem. (final do texto)
A frase que tem, com outras palavras, o mesmo sentido desta é:
(A) A verdadeira liberdade consiste em fazer o que devemos.
(B) O destino dos homens é a liberdade.
(C)) Os direitos de um indivíduo terminam onde começam os de outro.
(D) A liberdade é irmã da solidão..
12. Os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e dignidade...
A afirmativa acima é reforçada, no texto, no trecho:
(A) A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi adotada em 1948...
(B) (com abstenção dos seis países do antigo bloco soviético, da Arábia Saudita e da África do Sul).
(C) (direito ao trabalho, a um padrão de vida adequado, à educação e à participação na vida cultural).
 (D)) ... sem discriminação de raça, cor, sexo, língua, opinião política e religião.

13.
Observe a charge abaixo:












Esta charge retrata:
a)      As atrocidades cometidas por menores.
b)      O aumento da violência.
c)      A má distribuição de renda de nosso país.
d)     A lei não consegue punir os menores infratores no nosso país.

14. Observe o texto abaixo:

Podemos classificá-lo como:
a) Publicitário                b) Informativo          c) Jornalístico                 d) Charge

Leia os textos 1 e 2
Futebol: bola, torcedores e palavras
Texto 1
O torcedor fanático não se limita a ir ao estádio: ele ouve os comentários pelo rádio, lê jornais, vê o videoteipe do jogo a que assistiu. O torcedor que vai-ver-ganhar vai sempre munido de bandeira, faixa, camisa ou outros símbolos do clube. Incentiva o seu time, vibrando, aviando, agitando bandeiras, tocando buzinas, levando charanga, empurrando os craques para o ataque, reclamando pênalti, xingando o juiz, irritando o adversário com “corinhos” e  refrões, censurando agressivamente o técnico ou jogadores do seu clube que não o defendem com todo o esforço. E, no caso de o time estar vencendo, riem, choram, se abraçam, batem palma, soltam “olé”, gritam “já ganhou”. Em final de campeonato, à platéia, à massa, ao público, à galeria não basta para nele expandir sua alegria: saem às ruas em passeata, buzinam à frente da sede do clube perdedor, fazem o “enterro” do adversário, enfim, um verdadeiro carnaval – outra festa também  libertatória de tensão e vinculada ao futebol, já que ambas representam um fenômeno de histeria coletiva. A histeria não se processa apenas através da alegria. Uma torcida descontente é capaz de invadir o campo, de esperar fora do estádio para massacrar o juiz, o técnico ou os jogadores. Fora as brigas que eclodem e as agressões físicas que ocorrem entre os torcedores.FERNANDEZ, Maria do Carmo de Oliveira. Futebol: Fenômeno lingüístico. Apud SOARES, Magda Becker;e CAMPOS, Edson Nascimento. Técnica de redação. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978. p. 16.
Texto 2
O Esperança Futebol Clube
Era o orgulho de Buritizal. Resumia-lhe a vida e as aspirações. Marcava o seu lugar entre as povoações e as vilas da zona. E na vila, desde o garoto engatinhante aos mais velhos e respeitáveis personagens, toda a gente sentia o peito cheio ao pensar no  Esperança Futebol Clube. Nasceu de um punhado de sonhadores, o Tartico, o  Chiquinho da Nh´Ana, o Tuzzi, o Dantinho, numa tarde de maio. Até aquela época, Buritizal era um lugar apagado, morto, sem repercussão. Ninguém o conhecia. E mesmo a gente da vila mal dava conta da sua existência, vegetando sonolenta ao sol bravo de verão e ao frio duro de junho, com os milharais em torno, os seus pés no café, o seu gado magro e o seu sossego  cachimbado e modorrento. Mas o Tartico, o maior “centrefô” de Buritizal, era um rapaz inquieto, cheio de ambições. Tinha orgulho em possuir o chute mais forte da terra e em ser o melhor distribuidor de jogo até então conhecido. Que direção!Aos domingos havia jogo, quase sempre. Contra o Lírio F. C., também da vila, time  do negrão, os contra os times das fazendas vizinhas. Tartico ainda não tinha clube, tinha apenas os jogadores. Reuniam-se, faziam os seus desafios, e iam vencendo. Cada chute seu era um gol. E, depois, o  Chiquinho, o Tuzzi, toda aquela “macacada” jogava, de fato.
Foi quando Tartico resolveu organizar o clube. Discussões, aplausos, oposição. E dois domingos depois, o Esperança  empacotava o Lírio por 6 a 1, um triunfo! Seguiam o Santa Cruz, o Perereca, de uma fazenda, e mais três ou quatro. Verdadeiras solapas. E o Esperança começou a ganhar nome. Tartico era o assombro do campo. Arrebatava os companheiros. Com o seu entusiasmo inabalável e a confiança firme na vitória, fazia de cada parceiro um herói.
As cidades vizinhas foram desafiadas. Cidades já importantes, com juiz de direito e campos gramados, de arquibancada, eram levadas na sopa... Buritizal começa a ser discutido. Tinha já inimigos. E o  Esperança torna-se o campeão das  redondezas...
Naturalmente, os adversários queixavam-se. As vitórias eram roubadas. O Esperança fazia gols à custa do apito, jogava com o juiz. Clube que ia a Buritizal acusava a população de atrocidades, de massacres, de perseguições. Mas, intimamente, todos se curvavam. Braço era braço...LESSA, Orígenes. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.
15.Podemos afirmar que:
a)      Os dois textos  falam sobre temáticas diferentes.
b)      Os dois textos desenvolvem temáticas contraditórias.
c)      Os dois textos falam sobre a temática: futebol.
d)     Ambos os textos criticam as torcidas de futebol organizadas.


PRODUÇÃO TEXTUAL
Observe a charge abaixo:

  • Produza um texto dissertativo-argumentativo sobre a temática apresentada.
  • No mínimo 15 linhas
  • Não esqueça do rascunho
  • Dê um título bem sugestivo
  • Revise-o e passe a limpo

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