sábado, 20 de abril de 2013

AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA II - 6º ANO




AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Texto 1
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede nas questões de 1 a 8.

Várzea
1 Pela várzea
2 verde-moita
3 sob as cortinas
4 da noite,
5 pulam sapos
6 de contentes,
7 grilos mostram
8 finos dentes.
9 Chegam todos
10 serelepes
11 para a festa
12 que promete.
13 Vaga-lumes

14 — lamparinas —
15 conduzem os
16 convidados.
17 Vento sopra
18 numa flauta
19 treme-treme
20 de bambu.
21 Pernilongos
22 tisiquinhos
23 são violinos
24 em surdina.
25 Lá nos altos
26 Dona Lua

27 sem sorrir
28 e sem chorar
29 Enquanto isso o bailareco
30 das acácias
31 — saias brancas
32 de papel —
33 animado
34 continua
35 até a vinda do sol.
(LISBOA, Henriqueta. O menino poeta. Porto Alegre; Mercado Aberto, 1985.)


01. Após a leitura do texto acima, podemos afirmar, corretamente, que o texto
a) descreve o amanhecer na várzea e a função de cada animal.
b) narra um encontro diurno de animais.
c) idealiza a natureza em uma festa, na várzea.
d) informa como as várias espécies de animais e vegetais vivem em harmonia na
várzea.

02. Observe atentamente a ilustração e leia o trecho abaixo:
“ Vaga-lumes
– lamparinas –
conduzem os
convidados.” (L. 13-16, 3a estrofe)
Nesse contexto, “lamparinas” se refere
a) à família dos vaga-lumes.
b) à luz dos vaga-lumes.
c) ao voo dos vaga-lumes.
d) ao som dos vaga-lumes.
03. Leia a segunda estrofe destacada do poema:
“Chegam todos
serelepes
para a festa
que promete.” (L. 9-12)
A palavra “todos” refere-se
a) aos sapos e grilos.
b) à lua e às acácias.
c) aos vaga-lumes e aos pernilongos.
d) todos que vão participar da festa.
04. Releia a primeira estrofe abaixo:
“Pela várzea
verde-moita
sob as cortinas
da noite,” (L. 1-4)
Podemos afirmar que os versos sublinhados se referem
a) ao anoitecer na várzea.
b) ao início do encontro dos animais.
c) ao comportamento dos animais.
d) à felicidade dos animais.

05. Em “Enquanto isso o bailareco/ das acácias/(...)” (L. 29-30), a palavra “bailareco“ pode ser substituída, mantendo o mesmo sentido, por
a) tremor.
b) volteios.
c) dança.
d) oscilação.

06. Em “Lá nos altos/ Dona Lua/ sem sorrir/ E sem chorar”, “Dona Lua” está em maiúsculas
porque
a) inicia o verso.
b) indica personificação da lua.
c) se quer destacar a lua.
d) se cometeu um erro de escrita.

07. Leia:
“Pernilongos/tisiquinhos/são violinos/em surdina.” (L. 21-24)
Com base na leitura e na ilustração, podemos afirmar que, nesses versos, ocorre uma
comparação entre
a) a forma física do pernilongo e a forma física do violino.
b) o zunido do pernilongo e o som do violino.
c) o tamanho do pernilongo e o tamanho do violino.
d) a cor do pernilongo e a cor do violino.

08. Leia a estrofe abaixo:
“Vento sopra
numa flauta
treme-treme
de bambu” (L. 17-20)
A palavra “treme-treme” indica
a) o movimento dos bambus
b) o movimento do vento.
c) o som do vento.
d) o som dos bambus.

TEXTO 2
Festa de aniversário
1 Leonora chegou-se para mim com a carinha mais limpa deste mundo:
2 – Engoli uma tampa de coca-cola.
3 Levantei as mãos para o céu: mais esta, agora! Era uma festa de aniversário, o
4 aniversário dela própria, que completava seis anos de idade. Convoquei imediatamente
5 a família:
6 – Disse que engoliu uma tampa de coca-cola.
7 A mãe, os tios, os avós, todos a cercavam, nervosos e inquietos.
8 Mas engoliu como? Quem é que engole uma tampa de cerveja? De cerveja não:
9 de coca-cola. Tomei-a ao colo:
10 – Vem cá, minha filhinha, conta só para mim. Você não engoliu coisa nenhuma,
11 não é isso mesmo?
12 – Engoli sim, papai – ela afirmava com decisão.
13 Consultei o tio, baixinho:
14 – O que é que você acha?
15 Ele foi buscar uma tampa de garrafa, separou a cortiça do metal.
16 – Isto – ela apontou com firmeza a parte de metal.
17 Não tinha dúvida: Pronto-Socorro.
18 (...)
19 Batemos para o Pronto-Socorro da cidade. O médico nos atendeu com solicitude.
20 – Vamos já ver isto.
21 Tirada a chapa, ficamos aguardando ansiosos a revelação. Em pouco tempo o médico
22 regressava:
23 – Engoliu foi a garrafa.
24 – A garrafa?! – exclamei. Mas era uma gracinha dele. Eu não estava para graças.
25 Uma tampa de garrafa! Certamente precisaria operar.
26 O médico pôs-se a rir de mim.
27 – Não engoliu coisa nenhuma. O senhor pode descansar.
28 – Engoli – afirmou a menininha.
29 Voltei-me para ela:
30 – Como é que você insiste, minha filha?
31 – Pois eu engoli mesmo – comentou ela intransigente.
32 – Quer saber mais que o médico?
33 – Quero. Eu engoli, e depois desengoli – esclareceu ela.
34 Nada mais havendo a fazer, engoli em seco, despedi-me do médico e bati em
35 retirada com toda a comitiva.
(SABINO, Fernando. Quadrante. Rio de Janeiro: do autor, 1962, adaptado.)


09. Leia o trecho abaixo:
“– Engoliu foi a garrafa.
– A garrafa?! – exclamei. Mas era uma gracinha dele.” (L. 23-24)
Com base na leitura do texto, o termo sublinhado refere-se
a) ao pai.
b) ao médico.
c) ao tio.
d) ao avô.
10. Em “ – Quero. Eu engoli, e depois desengoli. esclareceu ela.” (L. 33), o primeiro travessão indica a fala
a) do narrador.
b) do médico.
c) de Leonora.
d) do tio.

11. O texto que você acabou de ler tem como objetivo principal
a) apresentar uma situação corriqueira em uma família.
b) trazer uma crítica à falta de atenção dos pais.
c) expor os perigos de uma festa de aniversário.
d) denunciar a ineficiência do sistema de saúde.

12. Em relação ao médico que atendeu Leonora, pode-se afirmar que ele disse que Leonora
havia engolido uma garrafa para
a) fazer graça e acalmar a família aflita.
b) criticar Leonora e seus pais.
c) acalmar a família diante da cirurgia inevitável.
d) preparar o espírito da família para o pior.

13. Leia o último parágrafo destacado do texto:
“ Nada mais havendo a fazer, engoli em seco, despedi-me do médico e bati em retirada
com toda a comitiva.” (L. 34-35)
O termo sublinhado tem a ver com
a) vergonha.
b) raiva.
c) tristeza.
d) companhia.

14. Leia o fragmento:
“ De cerveja não: de coca-cola” (L. 8-9)
Na discussão entre os membros da família, os dois-pontos usados no fragmento,
são para
a) introduzir a fala do pai.
b) esclarecer uma informação.
c) introduzir a fala de Leonora.
d) indicar enumeração.

15. Comparando os textos 1 (Várzea) e 2 (Festa de aniversário) é possível afirmar que
a) somente o segundo defende um ponto de vista.
b) os dois narram acontecimentos.
c) somente o primeiro apresenta descrições.
d) ambos são publicitários.

16. Leia o trecho:
“ Em pouco o médico regressava:
– Engoliu foi a garrafa.
– A garrafa?! exclamei.(L. 21-24)
O travessão usado na oração sublinhada indica que o narrador
a) é um personagem.
b) está fora da história.
c) entra na história apenas no hospital.
d) é a própria Leonora.

17. Leia a charge.



(Diário do Povo, 24.11.2008)
A expressão sem parar, conforme seu sentido, pode ser substituída
pelo advérbio
(A) vagarosamente.
(B) ocasionalmente.
(C) rapidamente.
(D) continuamente.




TEXTO 3
O galo que logrou a raposa
1 Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se
2 numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “... Deixa estar, seu
3 malandro, que já te curo!...” E em voz alta:
4 – Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais.
5 Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos
6 andam agora aos beijos, como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o
7 meu abraço de paz e amor.
8 – Muito bem! – exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que
9 beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, deslealdades e traições! Vou já descer
10 para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom
11 esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
12 Ao ouvir falar em cachorro Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de
13 pôr-se ao fresco, dizendo:Texto 3
14 – Infelizmente, amigo Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos cães. Fica
15 para outra vez a festa, sim? Até logo.
16 E raspou-se.
17 Contra esperteza, esperteza e meia.
(Lobato, Monteiro. “O galo que logrou a raposa”. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1958.)

18. A palavra “raspou-se” (L. 16) significa no texto:
a) retirar os pêlos.
b) sair devagar.
c) correr.
d) despir-se.

19. Leia:
“Um velho galo matreiro.” (L. 1)
“eles tomem parte na confraternização.” (L. 11)
Os termos sublinhados podem ser substituídos, mantendo o mesmo sentido, por
a) estúpido, festa.
b) sabido, conciliação.
c) arisco, festa.
d) chato, congraçamento.

20. Leia o trecho retirado do texto:
“Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos
andam agora aos beijos, como namorados.” (L. 5-6)
Na natureza, os animais citados pela raposa são
a) o predador e a presa.
b) animais que disputam o mesmo hábitat.
c) animais que convivem em harmonia.
d) animais que possuem os mesmos hábitos alimentares.

PRODUÇÃO DE TEXTO

O lobo e o cordeiro
A um mesmo córrego chegaram certa vez um lobo e um cordeiro, levados pela sede.
O lobo estava numa posição mais acima; muito mais abaixo se encontrava o cordeiro. Então,
movido por uma fome terrível, o bandido arranjou um pretexto para discussão:
— Por que você turvou a água que eu estou bebendo?
O cordeiro, com medo, respondeu:
— Como posso eu, me diga, fazer aquilo de que você se queixa, lobo? A água corre
de onde você está até aqui, onde estou bebendo.
Repelido pela força da verdade, o lobo replicou:
— Há uns seis meses atrás, você falou mal de mim!
O cordeiro, por sua vez:
— Mas eu nem era nascido há seis meses atrás!
— Então foi seu pai que falou mal de mim! — disse o lobo e, agarrando o cordeiro,
devorou-o, dando-lhe morte injusta.
(Fábula de Fedro retirada da seguinte página: http://www.objetivo.br/colegio/livros/download/cupido_e_psique.pdf)

Na fábula de Fedro “O Lobo e o Cordeiro”, o lobo ataca injustamente o cordeiro,
utilizando-se de sua força física. Imagine que o cordeiro, para se salvar, tivesse usado uma
estratégia para enganar o lobo. O que o cordeiro poderia fazer para enganar o feroz animal
e, assim, livrar-se da morte? Reescreva a fábula “O lobo e o cordeiro”. Em seu texto, você
deverá mostrar o encontro dos dois animais no córrego. Lembre-se de que o cordeiro deverá
se salvar da morte. Não se esqueça de contar como o frágil animal conseguirá fugir das
garras do lobo. Redija, no mínimo, 15 linhas.

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